Pesquisas anteriores indicaram que toda a dieta e vários componentes dietéticos têm uma associação direta com a inflamação.

Foi demonstrado que o consumo de frutas e vegetais reduz os níveis de inflamação, enquanto o consumo de carne vermelha aumenta a inflamação. O consumo de vegetais variados está inversamente associado a menor PCR (proteína que está aumentada quando existe alguma inflamação ou infeção no organismo). Assim, a alimentação é uma parte fundamental da saúde e, portanto, consegue ter uma influência diferente dos medicamentos, por ser a fonte de energia que dá origem a diversos processos metabólicos no nosso corpo. Vários estudos sugerem que o consumo de uma alimentação saudável seja capaz de reduzir os níveis de marcadores inflamatórios, favorecendo a produção de citocinas anti-inflamatórias, contribuindo para a prevenção ou o controle da resistência insulínica, das dislipidemias e de outras condições metabólicas relacionadas à manifestação de doenças crônicas não-transmissíveis. Tal alimentação deve apresentar teor energético capaz de manter o peso corporal adequado, sendo composta por teor moderado de gordura, baixos teores de açúcares simples, de gorduras trans e saturada, sendo rica em frutas, hortaliças e alimentos integrais.

  Uma das dietas, com características anti-inflamatórias e antioxidantes é a dieta mediterrânica. Esta é a tipicamente adotada pelas populações da região do Mediterrâneo.  

É rica em frutas, vegetais, peixe, cereais não refinados e azeite, tem baixo conteúdo em carne e em laticínios e consumo moderado de álcool (geralmente vinho tinto às refeições).

Trata-se de um regime dietético rico em gordura e nutrientes e é pobre em hidratos de carbono, tendo baixo índice calórico. É também rica em alguns micronutrientes: vitamina B, C e E, ferro, selénio, fósforo e potássio.

É considerada um modelo de uma alimentação saudável e foi declarada pela UNESCO a Património Cultural Imaterial da Humanidade, em 2013. A sua prática está associada a um aumento da sobrevida dos idosos e a diminuição do risco de desenvolvimento de neoplasias, doenças cardiovasculares de doença de Alzheimer. Há evidência de que também melhora as capacidades cognitivas, previne a progressão para demência e está relacionada com diminuição de velocidade de encurtamento dos telómeros, ou seja mais longevidade.

Os países mediterrânicos apresentam uma menor percentagem de mortes por doenças cardiovasculares comparativamente com regiões da Europa Ocidental e Estados Unidos da América.

 

Uma curiosidade importante…

  Um dos ingredientes mais emblemáticos do Mediterrâneo é o azeite e este constitui a principal fonte de gordura. É uma importante fonte de polifenóis e o seu consumo está associado a diminuição da inflamação e do risco de doenças cardiovasculares (tem capacidade de inibir alguns genes pró-aterogénicos). O consumo de azeite está associado a diminuição do risco aterosclerótico, a melhoria do perfil lipídico, da pressão arterial e do metabolismo da glicose. Diminui o stress oxidativo e a inflamação sistémica (previne a produção de citocinas pró-inflamatórias e melhora a atividade anti-inflamatória do colesterol-HDL). Se se suplementar a dieta mediterrânica com azeite ou nozes, aumenta-se a ingestão total de polifenóis. Nesse caso observa-se um aumento da concentração de óxido nítrico no plasma e uma diminuição da pressão arterial, o que previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os vegetais são a base da dieta mediterrânica e também estes são ricos em polifenóis, logo, contribuem para diminuir a inflamação. É o regime dietético mais estudado em termos da sua relação com manutenção das capacidades cognitivas e tem em si a maior parte dos alimentos que foram associados com diminuição do risco de demência, como fruta, vegetais, azeite e peixe.  

 

 

Somos Ricos no país onde vivemos e não sabemos.

Vamos usufruir dos alimentos locais, sazonais e de agricultura biológica.

Estes são colhidos de acordo com sua época de safra natural, em que a natureza produz a fruta sem necessidade de intervenção tecnológica, assegurando a qualidade nutricional do alimento, grande concentração de nutrientes e uso reduzido de agrotóxicos, como pesticidas e conservantes.

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